Durante um encontro comunitário realizado no centro da vila, moradores, líderes locais e representantes da sociedade civil apontaram falhas na gestão pública, falta de transparência e lentidão nos projetos de investimento local como fatores que dificultam o progresso socioeconómico.
Os munícipes de Namaacha, no sul de Moçambique, expressaram preocupações crescentes sobre o impacto da má governação no desenvolvimento do país.
Para muitos, o atraso em infraestruturas básicas como estradas, abastecimento de água e saneamento representa não apenas uma falha administrativa, mas também um entrave ao desenvolvimento sustentável que o município precisa para crescer.
População aponta falhas na gestão local e solicita reformas para acelerar o progresso
A má governação em Namaacha é vista pelos residentes como o principal obstáculo ao desenvolvimento local e nacional. Os munícipes afirmam que as decisões políticas nem sempre refletem as necessidades reais da população, e que a falta de prestação de contas agrava a desconfiança entre cidadãos e autoridades.
“Vivemos há anos com promessas que nunca se cumprem. Queremos líderes que escutem e resolvam os nossos problemas”, afirmou um morador do bairro Eduardo Mondlane.
Especialistas e analistas políticos concordam que o desenvolvimento do país só será sustentável com boas práticas de governação. Para Namaacha — e muitas outras autarquias — o desafio é transformar a gestão pública num instrumento de progresso, e não de estagnação.
O professor de administração pública, João Mutemba, explica que a má governação mina a confiança social, reduz o investimento privado e afeta o desempenho económico. Segundo ele, “sem transparência e participação cívica, nenhum município consegue crescer de forma sólida e equitativa”.
Educação cívica e participação cidadã como pilares do progresso
No entanto, os munícipes de Namaacha acreditam que a educação cívica e o envolvimento comunitário são ferramentas essenciais para combater a má governação e impulsionar o desenvolvimento do país.
Organizações locais promovem campanhas de sensibilização sobre cidadania ativa, prestação de contas e combate à corrupção
A longo prazo, essas iniciativas podem fortalecer a democracia local, promover lideranças mais responsáveis e criar um ciclo de desenvolvimento sustentável.
Contudo, o debate em Namaacha expõe uma realidade comum em várias regiões do país: sem boa governação, não há desenvolvimento sustentável.
A voz dos munícipes reflete o desejo de um Estado mais eficiente, participativo e comprometido com o bem comum.
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