O combate à corrupção em Moçambique ganhou novo fôlego com a realização da Conferência Nacional sobre o Combate à Corrupção, inaugurada esta quinta-feira (10) em Maputo. O evento reuniu autoridades governamentais, sociedade civil, órgãos de justiça e parceiros de cooperação, com o objetivo de traçar estratégias conjuntas para erradicar práticas ilícitas que minam a confiança pública e comprometem o desenvolvimento sustentável.
Durante a abertura, o Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, destacou a necessidade de uma ação coordenada e abrangente, afirmando que a corrupção “destrói a confiança dos cidadãos nas instituições, mina o tecido social e desvia recursos que deveriam servir o povo”.
Combate à Corrupção é Prioridade Nacional
Qual é o objetivo da Conferência Nacional sobre o Combate à Corrupção?
Reforçar as políticas e práticas de integridade nas instituições públicas, envolvendo governo e sociedade civil. O combate à corrupção foi reafirmado como prioridade pelo Presidente Daniel Chapo, que apelou à união de todos os setores da sociedade para eliminar o fenómeno conhecido popularmente como “nhonga”. O Chefe de Estado defendeu que o combate deve ir além das leis, exigindo ações concretas e integridade individual.
O evento, intitulado “Por um Moçambique Livre da Corrupção”, ocorre num cenário onde o país busca aprimorar as estruturas de governança transparente e fomentar uma cultura de responsabilidade ética nas entidades públicas.
Presidente Daniel Chapo Defende Ações Concretas e Coordenação no Combate à Corrupção
O que defende o Presidente Daniel Chapo?
Um combate coordenado e firme à corrupção, baseado na integridade e na ação prática. Durante o discurso de abertura, Daniel Chapo enfatizou que o combate à corrupção deve ser firme, coordenado e abrangente, destacando que não basta a existência de leis, é essencial que estas sejam aplicadas de forma rigorosa.
Segundo o Presidente, “a luta contra este mal exige uma transformação cultural, em que cada cidadão assuma a integridade como valor central da sua conduta”. O líder moçambicano também sublinhou que a corrupção compromete a soberania nacional, ao enfraquecer as instituições e reduz a capacidade do Estado de responder às necessidades da população.
“A integridade não é apenas uma virtude moral — é um dever patriótico”, afirmou Chapo.
Sociedade Civil e Governo Juntos pela Transparência
A Conferência Nacional sobre o Combate à Corrupção contou com a presença de membros do Governo, representantes do sistema judicial, parceiros de cooperação, jornalistas e organizações da sociedade civil. O objetivo é discutir soluções práticas para promover transparência e boa governação em todos os níveis do Estado.
Os participantes debatem propostas de reforma administrativa, reforço das instituições fiscalizadoras e mecanismos de denúncia seguros e eficazes para proteger quem combate a corrupção.
“Nhonga” e o Desafio Cultural do Combate à Corrupção
O que é a “nhonga”?
É um termo popular moçambicano que se refere ao suborno ou pagamento ilícito para obter vantagens. O termo popular “nhonga”, frequentemente usado para se referir ao suborno, representa um dos principais desafios no combate à corrupção. Mais do que um ato ilegal, é uma prática que se tornou culturalmente tolerada em alguns setores da sociedade.
Especialistas presentes no evento alertaram que a erradicação da corrupção passa também pela mudança de mentalidade coletiva, promovendo uma cultura de honestidade e prestação de contas. A conferência destaca que educar as novas gerações sobre o valor da integridade é fundamental para um futuro livre de práticas ilícitas.
O Estado deve investir em mecanismos de prevenção e fiscalização contínuos, incluindo auditorias independentes, digitalização dos serviços e formação ética dos servidores públicos.
Cidadania e Integridade: Responsabilidade de Todos
Para Chapo, a corrupção é vencida apenas por meio de leis, não somente com o engajamento ativo dos cidadãos. “Cada moçambicano deve ser um agente de mudança, adotando a integridade como prática diária”, afirmou.
O Governo promete reforçar os canais de denúncia e melhorar a proteção a denunciantes, para encorajar a participação pública no combate à corrupção.
O combate à corrupção em Moçambique é um desafio de longo prazo que exige vontade política, ética e participação social. O Governo reafirma o compromisso de trabalhar com todos os setores para garantir uma administração pública mais justa, transparente e eficiente.
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